Biodiesel

A Cutrale vai fazer da laranja um grande projeto binacional na área de biocombustíveis. Maior exportadora mundial de suco, a empresa pretende construir duas plantas de biodiesel, uma em São Paulo e outra nos EUA. O combustível será produzido a partir do bagaço e da casca de laranja.

Trata-se de um projeto futurista e com certa dose de risco. A Cutrale terá de desenvolver uma nova técnica de aproveitamento da casca da laranja, trabalho que deverá ser feito em parceria com a Embrapa.

Somente no Brasil, o investimento previsto é de aproximadamente R$ 250 milhões, orçamento que inclui a instalação da indústria e a construção de um terminal portuário para a exportação do combustível – o local ainda não está definido, mas a preferência recai sobre o Porto de Santos.

A planta de processamento dos Estados Unidos será instalada na Flórida ou na Califórnia. No primeiro caso, a vantagem é a proximidade da matéria-prima e os ganhos logísticos. A Cutrale tem plantações de laranja e uma estrutura de distribuição na Flórida. O que empurra a empresa para a Califórnia são critérios de ordem tecnológica e a possibilidade de reduzir o custo de exportação para o mercado asiático.

Em parceria com Southeast Biofuels, a Cutrale já faz testes para a produção de biodiesel de casca de laranja nos EUA. Ainda não está definido se a empresa norte-americana se juntará aos brasileiros na construção da futura planta. O certo mesmo é que a Cutrale considera estratégico ter um sócio local. O objetivo é driblar eventuais resistências do próprio governo norte-americano e da indústria de suco de laranja da Flórida, que também caminha para a produção de biodiesel.

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